Reggae Nacional Brasileiro

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O ARROZ COM FEIJÃO:


Eu parecia estar desolado! Imaginem: Mão esquerda espalmada sobre a face do rosto, o antebraço ou cotovelo apoiado sobre a mesa suportando a cabeça levemente inclinada como se fosse uma espécie de mão francesa, enquanto o olhar se perdia na busca de alguma coisa que pudesse ajudar na idéia de compartilhar com os amigos, uma idéia prática traduzida por palavras certas.
            Sorridente e elegante como sempre, minha amada esposa Luzia, disse que estava inspirada a pilotar o fogão, e assim me fazia sonhar com aquele risoto de camarão, quando na verdade estava me proporcionando de forma inusitada ou então diferente, uma tremenda fonte de inspiração.
 Me lembrei até do Jacaré do Terra da Gente, figura que até fez um certo sentido naquele instante, apenas que ao invés da hora do rancho, me fez lembrar desse nosso momento de rache, quando pesa  sobre nós,  fazer tudo que é preciso  ser feito, e de maneira diferente.
No meu estilo familiar de relacionamento perguntei: Bem..., ¼ de xícara de arroz dá para uma porção de refeição para dois? Classicamente respondeu: Sim, se for apenas “pra gente”!  
Com isso, as afirmações de Jean Piaget psicólogo do conhecimento, também se fizeram presentes em meus pensamentos, ao lembrar que afirmou através de seus estudos, que o conhecimento só faz sentido na vida do homem, quando permite que algo aprendido numa determinada experiência ou situação, possa ser aplicado ou mesmo comparado para as diversas situações do seu cotidiano.
Sendo assim, esparramei ¼ de xícara de arroz sobre a mesa da copa, enquanto a Luzia pilotava o fogão e baixinho cantarolava, ( Ensina-me... ensina-me ... ensina me a viver...) quando comecei uma contagem por mais de horas, grão a grão, com a face esquerda do rosto apoiada sobre a palma da mão, numa espécie de terapia que quanto mais o tempo passava, parecia que os grãos nunca terminavam.
Imaginem: Mais de 15.000 grãos de arroz!  É muito? Mas o que isso significa  comparado com uma população de 300 milhões de habitantes que é o que somos?
Se fossemos pensar que um grão de arroz é desprezível, jamais chegaríamos a fazer uma refeição saudável. Cada brasileiro representa um grão de arroz, e porque não dizer que as diferenças representam aqueles que simbolizam o grão de feijão?
Recomendados pelos nutricionistas, a união desses ingredientes básicos, representa o combustível que nos move a ter a força necessária que é a nossa sustentação.
 Não dá para admitir que esse conceito esteja fora do alcance de todos, sobre tudo, da compreensão daqueles que se julgam poderosos por pura arrogância ou ignorância, desprezando o graozinho de arroz que somado aos muitos, fazem a diferença nessa nossa complexa cadeia de valor que toca essa nação.
Seja empresário, seja trabalhador, o ser humano sozinho, nunca chegará a lugar algum!
À bem da verdade, a união entre um homem e uma mulher, é o apogeu das maiores emoções, sendo a UNIÃO de ambos  o clássico mais sonhado, o cerimonial repetido por séculos e em todos os status, cuja sustentação fundamenta-se na mesma simplicidade da química que gera a fusão do prato nosso de cada dia, muito simples mais igualmente famoso, que é  pelo menos “O Arroz com Feijão”.
“Gerir o que quer que seja,  é uma questão de sabedoria e amor”

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