Reggae Nacional Brasileiro

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

IRMÃOS!


     Ainda que a Biologia não ateste este laço de afeição na razão mais natural da vida, que a simples forma de assim nos tratarmos, seja então considerada,  pelo menos por sermos filhos da mesma Pátria, a qual  com amor, acolhe de milhares a milhões de filhos adotivos, restando ainda outra face mais clássica, contudo ideológica, que é nos considerarmos irmãos por parte de Deus Pai, através do  Cristianismo, valendo esta razão apenas para os que assim acreditam.
Qualquer que seja a forma para os fins que se justificam, deve pesar este laço de irmandade, a fim de que pelo menos a esmagadora maioria, receba o recado escrito a centenas e milhares de anos por um erudito da Bíblia cujo nome é Tiago, identificado no  Cap. 1 vers. 1 do seu livro, cujo conteúdo dirigido a nós, ao mesmo tempo que motiva a não desanimarmos,  imputa o sucesso aos que suportarem o devido forjamento circunstanciado, nos aperfeiçoando através de propriedades que nos tornam distintos para fazer tudo quanto for necessário ser feito. Assim versou:

“Meus irmãos!”
 Tendes por motivo de grande gozo (prazer)  passardes por PROVAÇÕES, sabendo que a PROVA de vossa FÉ desenvolve a PERSEVERANÇA. Ora a perseverança deve terminar sua OBRA, para que sejais MADUROS e COMPLETOS, não tendo falta de coisa alguma.
 



 


 
·         PROVAÇÃO: Como um legado, desde a menor idade somos instruídos ou modelados para sermos provados, isto  com maior ou menor intensidade, nos permitindo ser vistos, medidos e reconhecidos,  pelo grau de desafio a que nos submetemos. A certeza do certo ou errado espelha-se nos padrões Bíblicos, Científicos/Jurídicos, sob os quais todos os comportamentos e atitudes são julgados, sobre tudo, numa sociedade que tem democracia como valor nobre e solidificado.

·         PERSEVERANÇA: É a característica de ser constante nos propósitos,  evidenciando-se presente, produzindo, provando e se aprovando.

·         OBRA: É a materialização do fazer a qual acrescenta á alguém, na medida da sua necessidade.

·         MADUROS: É o estágio do reconhecer com serenidade, que a vida é efêmera e que a grandeza dos que realizam para a posteridade, é marcada pelo esvaziar  da vaidade, convicto de que a nobreza de ter escrito as notas de uma sinfonia ovacionada por toda sociedade, só foi possível pela grandeza dos músicos que executaram a partitura de forma abnegada.

·         COMPLETOS: É a ciência de afirmar no apogeu de todos os feitos: “Posso todas as coisas em Deus”, aquele que me fortalece.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

FIEL DA BALANÇA – PADRÃO.


Já na antiguidade, época em que os homens se valiam mais ferozmente de leis radicais do tipo, olho por olho e dente por dente, certa mulher surpreendida em infração grave, foi  conduzida na presença de Jesus Cristo o filho de Deus, o qual  na circunstância contextual, representava como que  a Suprema Corte Federal, podendo lavrar a sentença  cabal  para o crime, conforme era o caso.
            Cabisbaixo, ouvia os acusadores e sem emitir uma só palavra até proferir a  que realmente valia, começou a construir a defesa da ré, escrevendo no chão, única lousa ou prancheta que dispunha, fazendo assim, sílaba a sílaba, letra a letra, palavra a palavra; isto em meio a rumores de apedreja dos raivosos, gritos de vaia fazendo pressão os eufóricos, a perplexidade dos conservadores o silêncio dos indiferentes, reunindo um unânime sentimento de certeza da culpa, até que foi pronunciado o desfecho que ficou assim registrado na súmula:
“Quem aqui não tiver pecado, que atire a primeira pedra!”
Foi como que se tivesse sido jogado água na fervura! A lei da Física, ( gravidade) ainda muito mais antiga do que o fato, lá também se fez presente para fazer valer sua força, potencializada em cada uma das pedras que seriam usadas como arma da execução da pena ou então “instrumento do crime”.
A luz do fato, podemos dizer que em plena praça pública transformada numa espécie de arena para a exibição de um horrendo teatro, homens até então motivados e  com pedras em mãos, não ousaram dar trajetória ou parábola alguma na direção da vítima, exceto deporem as pedras verticalmente aceleradas pela lei da gravidade até ao chão, colocando como que um ponto final naquele impasse, sob o qual coube tão sábia defesa, culminada por uma decisão coletiva. Dai então, foi proferida a palavra sensata ou a sentença bem  dita, a qual reverbera no mundo até hoje, através do que relata as Sagradas Escrituras.
 
Se ninguém te acusou mulher, também digo que estás perdoada; vá! Apenas não reincida”!
 
Lei, Direito, Democracia, Liberdade Bom Senso, Respeito, fundamentaram a peça para orientar a tomada de decisão, conduzida pelo Fiel da balança filho de Deus, que penso que deve ser aceito em seus ensinamentos como padrão para a nossa realidade social.
Estou convencido de que nada pode efetivamente estar acima da lei, a qual devemos respeitar como padrão, assim como, as normas específicas que regem os contratos que colocam intervalos de pode e não pode para o sistema social.
Por esses instrumentos “legislativos”, é que entendendo que todos os desvios de conduta ou mesmo as não conformidades do cotidiano dos homens, necessitam ser evidenciados e devidamente julgados, permitindo atenuantes onde couberem e pena imposta aos foras da lei em se tratando de reincidências ou discrepâncias graves.
Juízo e julgador são polos de mesma essência, propriedades que marcaram Jesus Cristo o filho de Deus, que pelo exemplo como homem, mereceu ser o Fiel da Balança ou padrão para o impasse, levando todos a refletirem suas não conformidades, contudo, dizendo a verdade que dói com amor, sem desmerecer o condão da justiça oportunizando a mulher com um bem dito vá e  “não peques mais”, preconizando o direito de pelo menos uma oportunidade para a ressocialização.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

VASO DE BENÇÃO!


Quero ser... é a expressão mais elevada de um coração absolutamente limpo ou  de uma pureza indescritível, que só pode brotar de uma fonte como do TRONO DA GRAÇA. É ser um canal desprovido de interesse, sem nenhuma rugosidade de forma a não gerar turbulência para a benção que se derrama de um frasco de vidro espelhado, na forma de um  azeite puro que alivia a dor do próximo, sem saber se o mesmo pode de alguma forma retribuir pelo deleite que o encaminha à verdadeira felicidade.
Ser um vaso de benção, penso que é  solidificar um valor de Deus para si próprio, entregando-se para o bem estar do outro  sem exigir nada em troca, sabendo que a fonte de onda jorra a riqueza que se transfere de graça, não é mérito próprio, apenas um privilégio de ser a própria benção.
O que estou pensando agora é neste principio DIVINO multiplicado, o qual passa indubitavelmente pelo abrir mão de mim mesmo para relevar o valor que essencialmente tem a vida do meu próximo, que sendo a anterioridade ou continuidade de mim, pelo que em mim reflete, me faz ver que tenho dele, as  mesmas necessidades.
A administração moderna até deu um nome que toma uma carona nesse principio de honra, respeito e reconhecimento da dependência do próximo, o qual  segue as relações humanas desde a  antiguidade, sendo tratada neste momento como Endomarketing.
Contudo, apenas nos induz à uma relação que dista relativamente do amor, mas que no mínimo, prima pelo respeito para com o próximo, ainda que o mundo estivesse povoado por apenas dois sujeitos: - Um homem e uma mulher.
É certo que nisto, lembro-me do professor Walkmim na Unicamp, quando nos estudos de caso refletia  com a sua peculiar humildade e  “invejável” sabedoria:
Dizer ao outro  uma verdade com compaixão, ainda que muitos não aceitem, é a materialização do ser para o amigo um  vaso de benção, ao contrário da mentira que consola e petrifica o coração.
Vale lembrar o que disse um dos renomados da qualidade conhecido como J. M JURAN.  “Poucas causas são responsáveis por uma grande variedade de efeitos”.
Penso ainda que é oportuno relacionar com esse dito, quantos efeitos neste momento podem estar oprimindo os aflitos,  necessitando ouvir a verdade que dói  da voz dos puros de coração, na responsabilidade de materializar para a situação o ser um vaso de benção.
Escrevendo e ao mesmo tempo refletindo tudo isto, me fiz a seguinte pergunta: Porque é tão difícil ser feliz?
A resposta não veio como se diz no boxe, num direto no meu queixo, mas entrou sutilmente como um jabe no meu baço, nas palavras de Stuart Cloc:

“A felicidade é difícil de atingir, pois só a atingimos quando tornamos o outro feliz”.

Sendo assim, o direto no queixo veio na verdade ao associar  tal sabedoria á fonte de onde jorra o amor genuíno, cuja razão  me permite tocar em lembranças, saudades eternas e profundas, sei lá como posso significar ao saudoso irmão e admirável amigo Álvaro Trento, que me deu a honra de acompanhá-lo em dezenas e centenas manhãs de domingo, numa das poesias mais lindas a qual fez da mesma, o seu mais nobre compromisso:

“Quero ser um vaso de benção”... Permita Deus que eu também mereça essa nobreza!