Reggae Nacional Brasileiro

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

FIEL DA BALANÇA – PADRÃO.


Já na antiguidade, época em que os homens se valiam mais ferozmente de leis radicais do tipo, olho por olho e dente por dente, certa mulher surpreendida em infração grave, foi  conduzida na presença de Jesus Cristo o filho de Deus, o qual  na circunstância contextual, representava como que  a Suprema Corte Federal, podendo lavrar a sentença  cabal  para o crime, conforme era o caso.
            Cabisbaixo, ouvia os acusadores e sem emitir uma só palavra até proferir a  que realmente valia, começou a construir a defesa da ré, escrevendo no chão, única lousa ou prancheta que dispunha, fazendo assim, sílaba a sílaba, letra a letra, palavra a palavra; isto em meio a rumores de apedreja dos raivosos, gritos de vaia fazendo pressão os eufóricos, a perplexidade dos conservadores o silêncio dos indiferentes, reunindo um unânime sentimento de certeza da culpa, até que foi pronunciado o desfecho que ficou assim registrado na súmula:
“Quem aqui não tiver pecado, que atire a primeira pedra!”
Foi como que se tivesse sido jogado água na fervura! A lei da Física, ( gravidade) ainda muito mais antiga do que o fato, lá também se fez presente para fazer valer sua força, potencializada em cada uma das pedras que seriam usadas como arma da execução da pena ou então “instrumento do crime”.
A luz do fato, podemos dizer que em plena praça pública transformada numa espécie de arena para a exibição de um horrendo teatro, homens até então motivados e  com pedras em mãos, não ousaram dar trajetória ou parábola alguma na direção da vítima, exceto deporem as pedras verticalmente aceleradas pela lei da gravidade até ao chão, colocando como que um ponto final naquele impasse, sob o qual coube tão sábia defesa, culminada por uma decisão coletiva. Dai então, foi proferida a palavra sensata ou a sentença bem  dita, a qual reverbera no mundo até hoje, através do que relata as Sagradas Escrituras.
 
Se ninguém te acusou mulher, também digo que estás perdoada; vá! Apenas não reincida”!
 
Lei, Direito, Democracia, Liberdade Bom Senso, Respeito, fundamentaram a peça para orientar a tomada de decisão, conduzida pelo Fiel da balança filho de Deus, que penso que deve ser aceito em seus ensinamentos como padrão para a nossa realidade social.
Estou convencido de que nada pode efetivamente estar acima da lei, a qual devemos respeitar como padrão, assim como, as normas específicas que regem os contratos que colocam intervalos de pode e não pode para o sistema social.
Por esses instrumentos “legislativos”, é que entendendo que todos os desvios de conduta ou mesmo as não conformidades do cotidiano dos homens, necessitam ser evidenciados e devidamente julgados, permitindo atenuantes onde couberem e pena imposta aos foras da lei em se tratando de reincidências ou discrepâncias graves.
Juízo e julgador são polos de mesma essência, propriedades que marcaram Jesus Cristo o filho de Deus, que pelo exemplo como homem, mereceu ser o Fiel da Balança ou padrão para o impasse, levando todos a refletirem suas não conformidades, contudo, dizendo a verdade que dói com amor, sem desmerecer o condão da justiça oportunizando a mulher com um bem dito vá e  “não peques mais”, preconizando o direito de pelo menos uma oportunidade para a ressocialização.

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