Reggae Nacional Brasileiro

segunda-feira, 22 de julho de 2013

SINTOMA E ATITUDE:

É impressionante como a palavra sintoma me sugeriu parar pra pensar. Focando pelo ponto de vista da falha, considerando ser ela um “vacilo”,   circunstância comum a todos os homens, sintoma me fez lembrar de prevenção, cabendo observar que é também um conceito fundamental, cujo significado é agir antecipadamente à situações, na possibilidade de que algo não esperado possa efetivamente vir a acontecer.
Se bem refletido, entendi ainda que a expressão sintoma também cabe para os múltiplos aspectos da vida do homem, sobre tudo, na dinâmica dessa nossa vida moderna onde tudo passou a ser comum e tudo pode, circunstância em que sonhos se realizam da mesma forma em que se vão, e em muitos casos, vidas até se perdem.  Analiso que o lado prático da expressão, pode ser ilustrado através de simples exemplos, tais como:

 _Prever colocar o guarda sol no carro na certeza de que vai dar praia no litoral;
 _ Voltar para casa buscar o guarda chuva ao notar o céu carregado de nuvens escuras rabiscadas por flashes de relâmpagos;

_ Parar no posto de combustível para encher o pneu do carro, ao sentir que a dirigibilidade está difícil porque o volante parece estar ficando meio que pesado, ou ainda;

_ Encomendar o novo botijão de gás de cozinha, percebendo que as chamas do fogão já estão ficando meio que amareladas.

 Sendo assim, tomar atitude pelos sintomas, hoje se constitui numa percepção necessária e inteligente, ponderando que essa leitura pode até ser classificada como uma característica que marca aqueles homens que são especiais ou de habilidades nobres. Nessa idéia, vale a pena um olhar no túnel do tempo ou um mergulho na história, entendendo que as citações acima, enaltecem a atitude criativa, desafiadora, e corajosa de uma mulher, que ao rumor de uma tragédia anunciada, fez do fazer certo da primeira, o cenário da vitória, baseado numa  fé  rompedora.
O contexto se refere a história do mito Moises, considerado um dos maiores profetas de todos os tempos, cuja vida foi ameaçada pelo fato de ser um varão nascido dos Hebreus, cujo brilho de seus feitos, teve como alicerce intensas perseguições, desde o dia do seu nascimento, estando ele entre outros meninos, marcado pra morrer a fio da espada, ou legado para ser afogado nas águas do Rio Nilo.
Creio que a história não é novidade nenhuma pra muita gente,  contudo, vale a pena destacar a atitude que provocou uma resposta especial do Deus todo poderoso que cumprindo com sua Divina parte, realizou o que Dele se esperava que fosse realizado, como realizou, sendo uma resposta positiva para o que parecia ser impossível e que pelas circunstâncias podemos chama-la de milagre. 

 _ Por decreto do Rei Faraó, todo varão nascido dos Hebreus, deveria ser   morto, exterminado, não sendo ainda hoje difícil imaginar, a dor que o decreto imposto ao especifico povo, o afligia. Contudo, a fé exercitada pela mãe de Moisés, sobrepôs o possível agindo na certeza de que por aquele legado de morte seu filho não morreria. É evidente que orou a Deus, mas fez a sua parte como ser humano. Ela não lamentou, mas ao contrário agiu!

_ A  parte que lhe coube, foi encontrar uma estratégia diferente de agir que não foi se desesperar, mesmo que seu entorno fosse um ambiente desesperador. Embora não soubesse como seria a solução do seu problema, tinha convicção que tomar alguma atitude como decidiu e tomou escondendo seu filho por três meses, era parte fundamental da solução até que a solução definitiva viesse.

O que teve de complexo nisto? Essa até então heroína, tão somente  escondeu o menino como um primeiro passo, até buscar uma orientação mais sustentável como desdobramento do mesmo processo. Uma atitude praticamente óbvia, simples, mas essencial como parte fundamental do plano até que viesse a efetiva solução. O Deus de Israel, cujo poder transcende os feitos naturais, poderia intervir no específico caso sem precisar da ajuda de ninguém, enquanto que a mãe de Moisés poderia ficar  apenas chorando, se lamentando a espera de se beneficiar de algum sucesso ou do resultado. Vale dizer que não foi assim que Deus nos ensinou e nem foi assim que o negócio aconteceu, até porque, o recado está escrito na Bíblia e de forma muito clara para o nosso ensino e de maneira bem objetiva: Esforça-te que EU (Deus) te ajudarei. Esse escrito valeu diretamente para Josué, outro valente da história, instrução essa que, também cabe a nós nos dias de hoje, principalmente na circunstância em que nos encontramos.
Fecho o meu pensamento, apenas sugerindo a atenção para o exercício  da com ATITUDE lastreada em padrões perenes, entendendo assim, serem componentes que fazem a diferença nessa nossa conturbada realidade. No mesmo contesto estão ainda o SINTOMA e a PREVENÇÃO, sujeitos ao diretório da PRUDÊNCIA onde encaixa o agir com inteligência, mas sobre tudo, com a  SABEDORIA dada a Salomão quando foi simplesmente este o seu pedido oportunizado por Deus.
Não há motivo para desanimo quando somos perseguidos ou não reconhecidos por nos desgastarmos causas nobres, exemplificando com isto, todos os feitos do próprio Moisés, um dos maiores profetas de todos os tempos talhado para uma missão responsável, árdua e sob muito trabalho.

E porque não sermos contemporâneos ou modernos, com tudo, á  seriedade que cabe ao assunto?

Questiono assim, apenas para dizer que todos os homens nascidos para brilhar, para vencer,  ou todo centro avante bom, que gera resultado para o time fazendo gols, nunca ficam soltos na área. Por resolverem problemas na hora da necessidade, por alguém, por alguma razão ou de alguma forma, serão sempre marcados de  perto.

quinta-feira, 18 de julho de 2013


BATENDO PRA ONDE SE ESTÁ VIRADO:

 Tomando carona no pique da copa como bola da vez, me inspirou ao tema, ter lembrado final de jogo de campeonato, onde quem está na vantagem, ainda que a mesma não seja legítima ou de direito, a exemplo de gols impedidos, pênaltis inexistentes, gols de mão ou facilitados, o defensor cumpre o ridículo papel de meter o pé na bola “pro lado em que está virado”.  

Pra ganhar do próximo ou do adversário, é um horrendo vale tudo, as vezes até aceito como clássico, se associarmos a mesma ideia a esse conturbado momento político, o qual está sob essa tempestade de razões justificáveis pelo que reivindica o povo, e injustificáveis pela forma como se defendem e agem esses nossos parlamentares. Zebra ou não, esses, finalmente, parecem estar sendo desempermeabilizados dos “entrames” da lei, que até então com os poros abertos, parecia absorver  o direito, mas também aquilo que não convém como a própria mídia aponta, atestando a situação com dezenas e centenas de fatos.

O hino nacional de uma galera significativa da sociedade protesta o que digo, com farpas modeladas no Funk; por outro lado, um pouco mais leve e como delírio de outras “tribos”, a cabeça veste o chapéu do Sertanejo Universitário,  e ainda, tomando carona no mercado, entra o som Gospel, que, contudo, ao implacar por emocionar com melodias dóceis que trajam palavras de verdade, os “artistas” pegam seus bonés e logo se desvirtuam por serem apenas artistas, mas desprovidos da razão maior que os tornaram, principalmente, a razão da sua música na essência do respectivo significado.

Chico Buarque em uma das poesias de suas composições fez muito sucesso cantando que “a gente vai levando... a gente vai levando... a gente vai levando”.., até que a coisa dá nisso que deu ou está dando.

 Como resumo está na nossa cara o efeito: Tudo que desde outrora não é direito, como consequência, agora nos apresenta um quadro social de fatos extremamente complexos. Daí pergunta-se: E agora José?

Lembro-me de um professor de cálculo muito saudoso chamado Nakamura, que na sua exigência e extrema sabedoria, escrevia o enunciado do problema na lousa, e de uma maneira muito teatral, como se a pontinha do seu nariz fosse o apagador, a encostava num extremo da mesma e fazia um trajeto o esfregando sobre o escrito até o outro lado, como se estivesse apagando o enunciado. Criativo como era, muito embora físico objetivo na sua matéria visava passar com isto um recado fundamental aos alunos:  “Nariz encostado na lousa, Nakamura considerava que o mesmo regulava a menor distância que os olhos dos alunos poderiam manter  do problema nela escrito ou do enunciado, quando dessa forma e de costas para classe, com  voz bem alta para todos ouvirem argumentava:

  _ Sabem qual a primeira coisa que tem que ser feita antes de tentar resolver um problema? E a resposta, por ele mesmo era dada: Tem que ler e interpretar o enunciado! Tem que ler e interpretar o problema!  Tem que Ler e interpretar o enunciado; tem que ler e interpretar o problema!  Tem que Ler e interpretar o enunciado! E assim dramatizava até chegar no outro extremo do quadro.

             É evidente que a complexidade de problemas sociais vividos em nossos dias, não se resolve somente com a aplicação de aritméticas simples,   que são as coisinhas simples que não se resolvem no nosso dia a dia. Com isso, o complexo tende a virar um ninho de cobras onde ninguém mais se entende, enquanto que o povo se sentindo abandonado como tem sido evidente, cada um tende a bater na bola, sempre para o lado em que está virado.

 Para quem ainda entende que não dever ir ás ruas clamar para que haja no País um renascer histórico, lembre-se do exemplo do professor Nakamura:

 Ainda que o nariz esteja fincado na televisão como é o costume de muitos, que leiam os acontecimentos que na verdade são os enunciados dos problemas, principalmente, considerando os acontecimentos como efeitos de mais de 500 anos de erros,  desmandos e desencantos, sob os quais, agora acordou o povo que sempre sofreu, contudo, dormindo aqui em berço esplêndido.

               O QUE FAZER AGORA? ONDE AGIR PRIMEIRO?

 Situações duvidosas ou mesmo na certeza de que se errou o caminho, penso ser sensato refazer a trajetória, fazendo um meticuloso realinhamento de  conduta, recorrendo ao padrão que é o tira teima, podendo também ser referenciado como a raiz de todos os fundamentos ou a nossa bússola. Daí, para o capitalismo predominante nesse sistema secular, não tem como fugir do fundamento de J.M JURAN, como já citado em outros textos:

“UM NÚMERO REDUZIDO DE CAUSAS É RESPONSÁVEL POR UMA GRANDE VARIEDADE DE EFEITOS”

 O compositor Lenine, que também cita-lo aqui me parece ser  interessante, na poesia da sua música, também recomendou de forma  racional ou inteligente: “Quem tem sede, vá a fonte”.

          Tomo carona nesses afluentes com sentidos filosóficos, para também colocar para reflexão a face mais racional da minha certeza, a qual vai além da praticidade do dia a dia que toma meu tempo absurdamente. Sendo assim, foco o fazer, em duas dimensões que penso que vale a pena:

        _ Fazer “o que”? - considerando o terreno das coisas ou da matéria;

       _ Fazer “para que”?  -  convicto que o “cliente final” ou quem está no fim da linha, é sempre o próprio homem.

 
          Sendo assim, cito a Bíblia que considero ser o padrão mais elevado de  todos os livros, pelo fundamento abaixo nela escrito:

 
“AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO SEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO”.

 Difícil? Pela prática comum refletida nos acontecimentos me parece ser, contudo, o fundamento acima é SIMPES, compreensível e absolutamente necessário, considerando que sem a existência do outro, sumariamente é impossível a humanidade  sobreviver.

 Fecho meu pensamento abrindo o pensamento revelado do também grande músico e compositor João Alexandre ao se expressar cantando:

  “ Quem pensa somente em si quer ganhar um jogo que já perdeu; quem sabe abrir mão de si compreendeu a vida jogou e venceu”.