Reggae Nacional Brasileiro

quinta-feira, 18 de julho de 2013


BATENDO PRA ONDE SE ESTÁ VIRADO:

 Tomando carona no pique da copa como bola da vez, me inspirou ao tema, ter lembrado final de jogo de campeonato, onde quem está na vantagem, ainda que a mesma não seja legítima ou de direito, a exemplo de gols impedidos, pênaltis inexistentes, gols de mão ou facilitados, o defensor cumpre o ridículo papel de meter o pé na bola “pro lado em que está virado”.  

Pra ganhar do próximo ou do adversário, é um horrendo vale tudo, as vezes até aceito como clássico, se associarmos a mesma ideia a esse conturbado momento político, o qual está sob essa tempestade de razões justificáveis pelo que reivindica o povo, e injustificáveis pela forma como se defendem e agem esses nossos parlamentares. Zebra ou não, esses, finalmente, parecem estar sendo desempermeabilizados dos “entrames” da lei, que até então com os poros abertos, parecia absorver  o direito, mas também aquilo que não convém como a própria mídia aponta, atestando a situação com dezenas e centenas de fatos.

O hino nacional de uma galera significativa da sociedade protesta o que digo, com farpas modeladas no Funk; por outro lado, um pouco mais leve e como delírio de outras “tribos”, a cabeça veste o chapéu do Sertanejo Universitário,  e ainda, tomando carona no mercado, entra o som Gospel, que, contudo, ao implacar por emocionar com melodias dóceis que trajam palavras de verdade, os “artistas” pegam seus bonés e logo se desvirtuam por serem apenas artistas, mas desprovidos da razão maior que os tornaram, principalmente, a razão da sua música na essência do respectivo significado.

Chico Buarque em uma das poesias de suas composições fez muito sucesso cantando que “a gente vai levando... a gente vai levando... a gente vai levando”.., até que a coisa dá nisso que deu ou está dando.

 Como resumo está na nossa cara o efeito: Tudo que desde outrora não é direito, como consequência, agora nos apresenta um quadro social de fatos extremamente complexos. Daí pergunta-se: E agora José?

Lembro-me de um professor de cálculo muito saudoso chamado Nakamura, que na sua exigência e extrema sabedoria, escrevia o enunciado do problema na lousa, e de uma maneira muito teatral, como se a pontinha do seu nariz fosse o apagador, a encostava num extremo da mesma e fazia um trajeto o esfregando sobre o escrito até o outro lado, como se estivesse apagando o enunciado. Criativo como era, muito embora físico objetivo na sua matéria visava passar com isto um recado fundamental aos alunos:  “Nariz encostado na lousa, Nakamura considerava que o mesmo regulava a menor distância que os olhos dos alunos poderiam manter  do problema nela escrito ou do enunciado, quando dessa forma e de costas para classe, com  voz bem alta para todos ouvirem argumentava:

  _ Sabem qual a primeira coisa que tem que ser feita antes de tentar resolver um problema? E a resposta, por ele mesmo era dada: Tem que ler e interpretar o enunciado! Tem que ler e interpretar o problema!  Tem que Ler e interpretar o enunciado; tem que ler e interpretar o problema!  Tem que Ler e interpretar o enunciado! E assim dramatizava até chegar no outro extremo do quadro.

             É evidente que a complexidade de problemas sociais vividos em nossos dias, não se resolve somente com a aplicação de aritméticas simples,   que são as coisinhas simples que não se resolvem no nosso dia a dia. Com isso, o complexo tende a virar um ninho de cobras onde ninguém mais se entende, enquanto que o povo se sentindo abandonado como tem sido evidente, cada um tende a bater na bola, sempre para o lado em que está virado.

 Para quem ainda entende que não dever ir ás ruas clamar para que haja no País um renascer histórico, lembre-se do exemplo do professor Nakamura:

 Ainda que o nariz esteja fincado na televisão como é o costume de muitos, que leiam os acontecimentos que na verdade são os enunciados dos problemas, principalmente, considerando os acontecimentos como efeitos de mais de 500 anos de erros,  desmandos e desencantos, sob os quais, agora acordou o povo que sempre sofreu, contudo, dormindo aqui em berço esplêndido.

               O QUE FAZER AGORA? ONDE AGIR PRIMEIRO?

 Situações duvidosas ou mesmo na certeza de que se errou o caminho, penso ser sensato refazer a trajetória, fazendo um meticuloso realinhamento de  conduta, recorrendo ao padrão que é o tira teima, podendo também ser referenciado como a raiz de todos os fundamentos ou a nossa bússola. Daí, para o capitalismo predominante nesse sistema secular, não tem como fugir do fundamento de J.M JURAN, como já citado em outros textos:

“UM NÚMERO REDUZIDO DE CAUSAS É RESPONSÁVEL POR UMA GRANDE VARIEDADE DE EFEITOS”

 O compositor Lenine, que também cita-lo aqui me parece ser  interessante, na poesia da sua música, também recomendou de forma  racional ou inteligente: “Quem tem sede, vá a fonte”.

          Tomo carona nesses afluentes com sentidos filosóficos, para também colocar para reflexão a face mais racional da minha certeza, a qual vai além da praticidade do dia a dia que toma meu tempo absurdamente. Sendo assim, foco o fazer, em duas dimensões que penso que vale a pena:

        _ Fazer “o que”? - considerando o terreno das coisas ou da matéria;

       _ Fazer “para que”?  -  convicto que o “cliente final” ou quem está no fim da linha, é sempre o próprio homem.

 
          Sendo assim, cito a Bíblia que considero ser o padrão mais elevado de  todos os livros, pelo fundamento abaixo nela escrito:

 
“AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO SEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO”.

 Difícil? Pela prática comum refletida nos acontecimentos me parece ser, contudo, o fundamento acima é SIMPES, compreensível e absolutamente necessário, considerando que sem a existência do outro, sumariamente é impossível a humanidade  sobreviver.

 Fecho meu pensamento abrindo o pensamento revelado do também grande músico e compositor João Alexandre ao se expressar cantando:

  “ Quem pensa somente em si quer ganhar um jogo que já perdeu; quem sabe abrir mão de si compreendeu a vida jogou e venceu”.

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