BATENDO PRA ONDE SE ESTÁ VIRADO:
Tomando carona no pique da copa como bola da
vez, me inspirou ao tema, ter lembrado final de jogo de campeonato, onde quem
está na vantagem, ainda que a mesma não seja legítima ou de direito, a exemplo
de gols impedidos, pênaltis inexistentes, gols de mão ou facilitados, o
defensor cumpre o ridículo papel de meter o pé na bola “pro lado em que está
virado”.
Pra ganhar do próximo ou do adversário, é um
horrendo vale tudo, as vezes até aceito como clássico, se associarmos a mesma
ideia a esse conturbado momento político, o qual está sob essa tempestade de razões
justificáveis pelo que reivindica o povo, e injustificáveis pela forma como se
defendem e agem esses nossos parlamentares. Zebra ou não, esses, finalmente, parecem
estar sendo desempermeabilizados dos “entrames” da lei, que até então com os poros
abertos, parecia absorver o direito, mas
também aquilo que não convém como a própria mídia aponta, atestando a situação
com dezenas e centenas de fatos.
O hino nacional de uma galera significativa
da sociedade protesta o que digo, com farpas
modeladas no Funk; por outro
lado, um pouco mais leve e como delírio
de outras “tribos”, a cabeça veste o chapéu
do Sertanejo Universitário, e ainda, tomando
carona no mercado, entra o som Gospel,
que, contudo, ao implacar por emocionar com melodias dóceis que trajam palavras
de verdade, os “artistas” pegam seus bonés
e logo se desvirtuam por serem apenas artistas, mas desprovidos da razão maior que os tornaram, principalmente, a razão
da sua música na essência do respectivo significado.
Chico Buarque em uma das poesias de suas
composições fez muito sucesso cantando que “a
gente vai levando... a gente vai levando... a gente vai levando”.., até que
a coisa dá nisso que deu ou está dando.
Como
resumo está na nossa cara o efeito: Tudo que desde outrora não é direito, como
consequência, agora nos apresenta um quadro social de fatos extremamente complexos.
Daí pergunta-se: E agora José?
Lembro-me de um professor de cálculo muito
saudoso chamado Nakamura, que na sua
exigência e extrema sabedoria, escrevia o enunciado do problema na lousa, e de
uma maneira muito teatral, como se a pontinha do seu nariz fosse o apagador, a encostava
num extremo da mesma e fazia um trajeto o esfregando sobre o escrito até o
outro lado, como se estivesse apagando o enunciado. Criativo como era, muito
embora físico objetivo na sua matéria visava passar com isto um recado
fundamental aos alunos: “Nariz encostado
na lousa, Nakamura considerava que o mesmo regulava a menor distância que os olhos dos alunos poderiam manter do problema nela escrito ou do enunciado, quando
dessa forma e de costas para classe, com voz bem alta para todos ouvirem argumentava:
É evidente que a complexidade de problemas sociais vividos em nossos dias, não se resolve somente com a aplicação de aritméticas simples, que são as coisinhas simples que não se resolvem no nosso dia a dia. Com isso, o complexo tende a virar um ninho de cobras onde ninguém mais se entende, enquanto que o povo se sentindo abandonado como tem sido evidente, cada um tende a bater na bola, sempre para o lado em que está virado.
Para
quem ainda entende que não dever ir ás ruas clamar para que haja no País um renascer histórico, lembre-se do exemplo do professor Nakamura:
Ainda
que o nariz esteja fincado na televisão como é o costume de muitos, que leiam
os acontecimentos que na verdade são os enunciados dos problemas, principalmente,
considerando os acontecimentos como efeitos de mais de 500 anos de erros, desmandos e desencantos, sob os quais, agora acordou
o povo que sempre sofreu, contudo, dormindo aqui em berço esplêndido.
“UM
NÚMERO REDUZIDO DE CAUSAS É RESPONSÁVEL POR UMA GRANDE VARIEDADE DE EFEITOS”
Tomo carona nesses afluentes com sentidos filosóficos, para também colocar para reflexão a face mais racional da minha certeza, a qual vai além da praticidade do dia a dia que toma meu tempo absurdamente. Sendo assim, foco o fazer, em duas dimensões que penso que vale a pena:
_ Fazer
“para que”? - convicto que o “cliente final” ou quem está no fim da linha, é sempre o próprio homem.
“AMAR
A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO SEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO”.
Fecho
meu pensamento abrindo o pensamento revelado do também grande músico e
compositor João Alexandre ao se expressar cantando:
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