Quero ser... é a expressão mais
elevada de um coração absolutamente limpo ou de uma pureza indescritível, que só pode
brotar de uma fonte como do TRONO DA GRAÇA. É ser um canal desprovido de
interesse, sem nenhuma rugosidade de forma a não gerar turbulência para a
benção que se derrama de um frasco de vidro espelhado, na forma de um azeite puro que alivia a dor do próximo, sem
saber se o mesmo pode de alguma forma retribuir pelo deleite que o encaminha à
verdadeira felicidade.
Ser um vaso
de benção, penso que é solidificar um
valor de Deus para si próprio, entregando-se para o bem estar do outro sem exigir nada em troca, sabendo que a fonte
de onda jorra a riqueza que se transfere de graça, não é mérito próprio, apenas
um privilégio de ser a própria benção.
O que estou
pensando agora é neste principio DIVINO multiplicado, o qual passa
indubitavelmente pelo abrir mão de mim mesmo para relevar o valor que
essencialmente tem a vida do meu próximo, que sendo a anterioridade ou continuidade
de mim, pelo que em mim reflete, me faz ver que tenho dele, as mesmas necessidades.
A
administração moderna até deu um nome que toma uma carona nesse principio de
honra, respeito e reconhecimento da dependência do próximo, o qual segue as relações humanas desde a antiguidade, sendo tratada neste momento como
Endomarketing.
Contudo,
apenas nos induz à uma relação que dista relativamente do amor, mas que no
mínimo, prima pelo respeito para com o próximo, ainda que o mundo estivesse
povoado por apenas dois sujeitos: - Um homem e uma mulher.
É certo que
nisto, lembro-me do professor Walkmim na Unicamp, quando nos estudos de caso
refletia com a sua peculiar humildade e “invejável” sabedoria:
“Dizer ao
outro uma verdade com compaixão,
ainda que muitos não aceitem, é a materialização do ser para o amigo um
vaso de benção, ao contrário da
mentira que consola e petrifica o coração.
Vale lembrar
o que disse um dos renomados da qualidade conhecido como J. M JURAN. “Poucas causas são responsáveis por uma grande
variedade de efeitos”.
Penso ainda
que é oportuno relacionar com esse dito, quantos efeitos neste momento podem
estar oprimindo os aflitos, necessitando
ouvir a verdade que dói da voz dos puros
de coração, na responsabilidade de materializar para a situação o ser um vaso
de benção.
Escrevendo
e ao mesmo tempo refletindo tudo isto, me fiz a seguinte pergunta: Porque é tão
difícil ser feliz?
A resposta
não veio como se diz no boxe, num direto no meu queixo, mas entrou sutilmente
como um jabe no meu baço, nas palavras de Stuart Cloc:
“A
felicidade é difícil de atingir, pois só a atingimos quando tornamos o outro
feliz”.
Sendo assim,
o direto no queixo veio na verdade ao associar tal sabedoria á fonte de onde jorra o amor
genuíno, cuja razão me permite tocar em
lembranças, saudades eternas e profundas, sei lá como posso significar ao saudoso
irmão e admirável amigo Álvaro Trento, que me deu a honra de acompanhá-lo em
dezenas e centenas manhãs de domingo, numa das poesias mais lindas a qual fez
da mesma, o seu mais nobre compromisso:
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