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Cabisbaixo, ouvia os acusadores e sem
emitir uma só palavra até proferir a que
realmente valia, começou a construir a defesa da ré, escrevendo no chão, única
lousa ou prancheta que dispunha, fazendo assim, sílaba a sílaba, letra a letra,
palavra a palavra; isto em meio a rumores de apedreja dos raivosos, gritos de
vaia fazendo pressão os eufóricos, a perplexidade dos conservadores o silêncio
dos indiferentes, reunindo um unânime sentimento de certeza da culpa, até que
foi pronunciado o desfecho que ficou assim registrado na súmula:
“Quem aqui não tiver pecado, que
atire a primeira pedra!”
Foi como que se tivesse sido jogado
água na fervura! A lei da Física, ( gravidade) ainda muito mais antiga do que o
fato, lá também se fez presente para fazer valer sua força, potencializada em
cada uma das pedras que seriam usadas como arma da execução da pena ou então “instrumento
do crime”.
A luz do fato, podemos dizer que em
plena praça pública transformada numa espécie de arena para a exibição de um horrendo
teatro, homens até então motivados e com
pedras em mãos, não ousaram dar trajetória ou parábola alguma na direção da
vítima, exceto deporem as pedras verticalmente aceleradas pela lei da gravidade
até ao chão, colocando como que um ponto final naquele impasse, sob o qual
coube tão sábia defesa, culminada por uma decisão coletiva. Dai então, foi
proferida a palavra sensata ou a sentença bem dita, a qual reverbera no mundo até hoje, através
do que relata as Sagradas Escrituras.
“Se ninguém te acusou mulher,
também digo que estás perdoada; vá! Apenas não reincida”!
Lei, Direito, Democracia, Liberdade Bom
Senso, Respeito, fundamentaram a peça para orientar a tomada de decisão, conduzida
pelo Fiel da balança filho de Deus, que penso que deve ser aceito em seus
ensinamentos como padrão para a nossa realidade social.
Estou convencido de que nada pode efetivamente
estar acima da lei, a qual devemos respeitar como padrão, assim como, as normas
específicas que regem os contratos que colocam intervalos de pode e não pode
para o sistema social.
Por esses instrumentos
“legislativos”, é que entendendo que todos os desvios de conduta ou mesmo as
não conformidades do cotidiano dos homens, necessitam ser evidenciados e
devidamente julgados, permitindo atenuantes onde couberem e pena imposta aos
foras da lei em se tratando de reincidências ou discrepâncias graves.
Juízo
e julgador
são polos de mesma essência, propriedades que marcaram Jesus Cristo o filho de
Deus, que pelo exemplo como homem, mereceu ser o Fiel da Balança ou padrão para
o impasse, levando todos a refletirem suas não conformidades, contudo, dizendo a
verdade que dói com amor, sem desmerecer o condão da justiça oportunizando a
mulher com um bem dito vá e “não peques
mais”, preconizando o direito de pelo menos uma oportunidade para a ressocialização.
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